´Se ele (Marão) quiser ouvir, (eu) explico o que fiz´, diz Nazal sobre decreto

José Nazal
Maurício Maron

"A sensação é de dever cumprido. De justiça feita", resumiu há pouco o vice-prefeito José Nazal, sobre a assinatura do decreto de reintegração dos servidores demitidos pelo prefeito Mário Alexandre, no final do ano passado. Nazal - que se apresenta como prefeito interino em função da viagem do prefeito ao exterior, mesmo sem que este tenha feito o ato de transmissão de cargo - disse ainda que não tomou nenhuma atitude contra a pessoa do prefeito, com quem está rompido há meses. "A vontade dele contraria apenas porque penso diferente dele", acentuou. E lembrou que no período que antecedeu a aliança, que resultou na eleição dos dois, tiveram uma conversa onde ficou estabelecido que "os interesses de Ilhéus devem estar acima de interesses pessoais ou particulares de quem quer que seja".

Perguntado sobre como será o reencontro com o prefeito no seu retorno a Ilhéus, Nazal foi taxativo. "Da minha parte, tranquila". Questionado se pretende dar explicações sobre seu ato de publicar o decreto, Nazal disse que "se ele quiser ouvir", dará. Destacou que, antes da viagem, eles tiveram um encontro e "apesar de não ter sido em forma de exigência", o prefeito teria demonstrado preocupação com a possibilidade de Nazal reintegrar os demitidos. "Talvez por ele não ter sentido de mim a convicção de que não faria, ele não tenha feito a transmissão de cargo", analisa.

"Foi um ato normal do direito e do princípio administrativo", justificou mais uma vez, em entrevista exclusiva ao JBO.